A análise de Rowan ressalta que, apesar de algumas mudanças políticas que visam estimular o apetite por riscos, as regulamentações ainda não se adequaram a essa nova realidade. Ele argumenta que a Europa enfrenta desafios ainda maiores do que os Estados Unidos quando se trata de dinâmica econômica, apontando a falta de ações concretas para impulsionar a economia como um problema premente. Essa crítica ganha eco em advertências prévias de figuras notáveis, como Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu, que identificou um “desafio existencial” para a produtividade na Europa e apresentou mais de 400 recomendações para melhorar a competitividade.
Empresas de capital privado, incluindo nomes como Apollo, Blackstone e KKR, enxergam potencial significativo na Europa e planejam intensificar seus investimentos nos próximos anos. A Apollo, por exemplo, já se envolveu em projetos estratégicos, como a construção de uma fábrica de semicondutores da Intel na Irlanda e a usina nuclear Hinkley Point C no Reino Unido. Rowan acredita que a necessidade urgente de investimento na infraestrutura, tecnologia e defesa na Europa permitirá que o continente cresça mais rapidamente em termos de capital privado em comparação aos EUA.
Contudo, o CEO não se esquivou de criticar também aspectos negativos nos Estados Unidos, destacando a gestão fiscal deficiente e a falta de vontade política para realizar reformas estruturais. Sob sua ótica, tanto a Europa quanto os EUA enfrentam desafios significativos que exigem reformas profundas para garantir uma competitividade saudável no panorama econômico global. A discussão em torno dessas questões ilustra a complexidade e os desafios enfrentados por economias ocidentais contemporâneas em um cenário em constante evolução.