Setor Financeiro Europeu é Criticado por Excessiva Regulação e Baixa Competitividade, Afirma Líder de Capital Privado durante Encontro em Londres

Em um contexto onde a competitividade econômica global se intensifica, o ambiente regulatório da Europa vem sendo alvo de críticas contundentes por líderes do setor de investimentos. Durante um recente encontro promovido pelo Financial Times, Marc Rowan, CEO da Apollo Global Management, expressou sua preocupação em relação à situação financeira do continente europeu. Para Rowan, a Europa está “em guerra consigo mesma”, prejudicando o desenvolvimento do setor privado ao impor regulamentos excessivos que dificultam a inovação e os investimentos.

A análise de Rowan ressalta que, apesar de algumas mudanças políticas que visam estimular o apetite por riscos, as regulamentações ainda não se adequaram a essa nova realidade. Ele argumenta que a Europa enfrenta desafios ainda maiores do que os Estados Unidos quando se trata de dinâmica econômica, apontando a falta de ações concretas para impulsionar a economia como um problema premente. Essa crítica ganha eco em advertências prévias de figuras notáveis, como Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu, que identificou um “desafio existencial” para a produtividade na Europa e apresentou mais de 400 recomendações para melhorar a competitividade.

Empresas de capital privado, incluindo nomes como Apollo, Blackstone e KKR, enxergam potencial significativo na Europa e planejam intensificar seus investimentos nos próximos anos. A Apollo, por exemplo, já se envolveu em projetos estratégicos, como a construção de uma fábrica de semicondutores da Intel na Irlanda e a usina nuclear Hinkley Point C no Reino Unido. Rowan acredita que a necessidade urgente de investimento na infraestrutura, tecnologia e defesa na Europa permitirá que o continente cresça mais rapidamente em termos de capital privado em comparação aos EUA.

Contudo, o CEO não se esquivou de criticar também aspectos negativos nos Estados Unidos, destacando a gestão fiscal deficiente e a falta de vontade política para realizar reformas estruturais. Sob sua ótica, tanto a Europa quanto os EUA enfrentam desafios significativos que exigem reformas profundas para garantir uma competitividade saudável no panorama econômico global. A discussão em torno dessas questões ilustra a complexidade e os desafios enfrentados por economias ocidentais contemporâneas em um cenário em constante evolução.

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