Sesau oferece procedimento inovador em oftalmologia para recuperar visão de pacientes e melhorar qualidade de vida.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) anunciou neste mês um avanço significativo na área de oftalmologia que promete recuperar e impedir a perda progressiva da visão de pacientes com patologias graves na retina. O procedimento inovador, conhecido como injeção intravítrea, já está sendo realizado no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), localizado no bairro Cidade Universitária, em Maceió.

Segundo o oftalmologista retinólogo do HMA, Diego Lisboa Araújo, a injeção intravítrea é aplicada com o uso de anestésico diretamente dentro do olho, e é indicada para pacientes com doenças como retinopatia diabética, edema macular e Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). Essas patologias provocam sintomas como perda da visão, diminuição da acuidade visual, escurecimento da visão ou aparecimento de manchas na vista.

O médico enfatiza que o número total de aplicações de injeção intravítrea que o paciente vai necessitar ao todo pode variar, e por isso não é possível afirmar um tempo único de tratamento. Além disso, o procedimento não requer internação e por isso o paciente já pode ir para casa depois da aplicação, que é rápida e indolor. A injeção intravítrea é um tratamento seguro e deve ser realizado em ambiente cirúrgico, ressalta o médico.

O Hospital Metropolitano de Alagoas é a primeira unidade da rede pública estadual a oferecer esse tipo de intervenção à população alagoana, que agora tem a oportunidade de tratar patologias oculares graves de forma eficaz e avançada. O ambulatório que contempla o procedimento, inaugurado em agosto deste ano, assegura serviços na modalidade eletiva clínica e cirúrgica.

Os primeiros pacientes a serem beneficiados com a injeção intravítrea foram dona Maria do Carmo da Silva e o seu José Vieira de Lima. Após realizarem o procedimento, ambos já voltaram ao hospital para a consulta de retorno com o oftalmologista e tiveram uma boa recuperação constatada, com a agenda já marcada para a próxima aplicação para continuidade do tratamento.

A aposentada Maria do Carmo tem 76 anos, mora em Maceió e foi diagnosticada com retinopatia diabética. Antes de realizar a injeção intravítrea, ela tentou outros tratamentos sem sucesso, mas a injeção está mostrando bons resultados. Já seu José Vieira, de 75 anos, é arapiraquense e já consegue notar o resultado do procedimento.

A oftalmologia tem atribuído cada vez mais importância à visão funcional para preservar a autonomia e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Estudos em geriatria e psiquiatria indicam que a deficiência visual adquirida impacta negativamente na saúde mental e na autonomia dos pacientes. A prevenção e o tratamento precoce da deficiência visual podem ter efeitos positivos na manutenção de um estilo de vida saudável.

O Relatório Mundial sobre a Visão de 2021 da Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que adultos com deficiência visual tendem a ter menor participação e produtividade no trabalho, além de maiores taxas de depressão e ansiedade em comparação com a população em geral. A deficiência visual também intensifica a limitação da mobilidade e o declínio cognitivo, inibindo a qualidade de vida dos pacientes.

Com o avanço das técnicas de oftalmologia e o desenvolvimento de procedimentos como a injeção intravítrea, pacientes com patologias graves na retina passam a ter uma nova esperança de recuperação e estabilização da visão, com impactos significativos na melhora da qualidade de vida e saúde mental.

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