O servidor, que preferiu não ter a identidade revelada, revelou em detalhes como funcionaria esse suposto esquema, envolvendo o chefe de gabinete da Siurb, Eduardo Olivatto. Segundo o denunciante, Nunes sempre teve influência na secretaria, desde a época em que era vice-prefeito de Bruno Covas.
De acordo com o funcionário público, o prefeito oferecia cargos em troca de parte dos salários dos indicados, além de nomear colaboradores fantasmas que nunca desempenhavam funções na prefeitura. Ele ainda detalhou como Olivatto teria montado um time de confiança na secretaria para administrar os contratos emergenciais de forma irregular.
A denúncia incluirá um grande volume de provas e será apresentada à Polícia Federal nos próximos dias. O denunciante destacou que o suposto esquema começou a chamar a atenção dentro da Siurb devido ao aumento significativo nos contratos emergenciais e à restrição de acesso a esses contratos apenas para os servidores de confiança de Olivatto.
A Prefeitura de São Paulo, em resposta às acusações, classificou as denúncias como “ilações anônimas” e afirmou que se tratava de uma iniciativa criminosa com objetivos eleitorais a poucos dias do segundo turno das eleições. Os servidores mencionados na denúncia foram contatados pela Fórum, porém nem todos responderam até o momento.
O escândalo político envolvendo o prefeito Ricardo Nunes promete gerar repercussão nos próximos dias e levantar debates sobre a transparência e a fiscalização dos contratos públicos na cidade de São Paulo. A população aguarda por respostas e esclarecimentos sobre essas graves acusações de corrupção no mais alto escalão da administração municipal.
