Sérvia elogia equipamentos militares da Rússia e planeja integração com hub de gás russo na Turquia, afirma vice-primeiro-ministro Aleksandar Vulin.

Belgrado expressa satisfação com os recentes acordos de aquisição de equipamentos militares da Rússia, segundo informações do vice-primeiro-ministro sérvio, Aleksandar Vulin. Durante uma entrevista na 16ª Cúpula do BRICS, realizada em Kazan, o ministro destacou a importância estratégica dessas aquisições, incluindo sistemas de mísseis antiaéreos Pantsir-S e helicópteros. Vulin, que ocupou a pasta da Defesa durante as negociações, ressaltou a qualidade do equipamento militar russo, que, de acordo com ele, tem se mostrado excepcional, apesar dos desafios logísticos impostos por sanções internacionais.

O vice-primeiro-ministro enfatizou que a Sérvia não faz parte de nenhuma aliança militar que possa fornecer apoio em situações de crise, diferenciando sua postura atual da que existia durante o conflito da Iugoslávia nos anos 1990, quando a OTAN lançou bombardeios sobre Belgrado sem a autorização da ONU. Essa experiência histórica tem influenciado profundamente a estratégia militar do país, criando um desejo de fortalecimento das próprias capacidades defensivas.

Além da compra de equipamentos militares, Vulin também abordou a intenção da Sérvia de se integrar a um projeto de hub de gás russo na Turquia. Essa iniciativa, segundo ele, visa não apenas a diversificação das fontes de energia, mas também a atração de investimentos estrangeiros que podem impulsionar a economia local. Ele fez referências a erros cometidos por outros países, como a Alemanha, que, ao depender excessivamente do gás russo por meio do gasoduto Nord Stream, enfrentou consideráveis dificuldades econômicas.

O vice-primeiro-ministro finalizou afirmando que a Sérvia está determinada a aprender com essas lições e não repetirá os erros que levaram a perdas em termos de segurança e estabilidade econômica. Ele destacou a importância das relações amigáveis com a Rússia, vislumbrando um futuro em que a Sérvia possa garantir sua segurança energética e militar de forma autônoma e eficaz. A decisão de fortalecer laços com a Rússia reflete uma estratégia mais ampla de independência e segurança nacional, em um contexto global marcado por tensões geopolíticas.

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