Em uma entrevista à imprensa, Vulin ressaltou que a representação sérvia na próxima cúpula do BRICS, programada para os dias 22 a 24 de outubro na cidade russa de Kazan, é um passo significativo. “Seria irresponsável não considerar todas as opções, incluindo a adesão ao BRICS”, argumentou o vice-primeiro-ministro. Esta afirmação reflete o desejo da Sérvia de se aproximar de países que, segundo Vulin, são amigos e não têm reivindicações territoriais sobre o país, uma referência direta à situação com o Kosovo.
A mudança de foco da Sérvia para o BRICS pode ser vista como uma resposta ao que alguns analistas consideram uma frustração crescente com a ordem americana, representada pela União Europeia. A Sérvia, que há muito tempo busca uma integração mais profunda com a UE, parece agora reavaliar suas prioridades em face de um cenário internacional em constante mudança.
O BRICS, que atualmente inclui Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul, ampliou sua composição ao incorporar novos membros, como Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, o que demonstra um crescimento significativo do bloco. A cúpula em Kazan contará com 38 delegações de diferentes países, sinalizando uma reunião importante para discutir temas que vão desde a cooperação econômica até a dinamização das relações políticas entre seus membros.
A adesão ao BRICS poderia proporcionar à Sérvia novas oportunidades econômicas e políticas, além de estabelecer laços estreitos com países que compartilham interesses semelhantes. Essa mudança de perspectiva é emblemática de um momento em que muitos países estão buscando diversificar suas alianças estratégicas, afastando-se da influência ocidental e explorando novas parcerias no cenário multipolar que está se formando.