Segundo a coordenadora da DHPP, delegada Tacyane Ribeiro, a descoberta de possíveis novas vítimas do serial killer ocorreu após a extração de dados do celular apreendido durante a prisão de Albino. O aparelho continha informações sobre os 10 assassinatos investigados na primeira fase, além de detalhes sobre outras 8 vítimas, mortas entre 2019 e 2020. Esses novos elementos levaram a polícia a reabrir as investigações.
Durante interrogatório, o suspeito alegou que as mortes faziam parte de um “trabalho de inteligência” envolvendo levantamento geográfico e mapeamento da região. A delegada ressaltou que a maneira como Albino agia, conhecendo os locais e sistemas de monitoramento, dificultava a ação policial. No entanto, um erro cometido durante o assassinato de Ana Beatriz, de 13 anos, permitiu a sua prisão em setembro.
O momento crucial para a resolução do caso foi quando uma vítima sobrevivente reconheceu o serial killer em imagens de uma câmera de segurança divulgadas pela imprensa e fez a denúncia. O trabalho conjunto da polícia, aliado aos exames de balística que relacionaram a arma apreendida com os 10 homicídios, foi essencial para a prisão de Albino.
A perícia encontrou no celular do acusado vestígios relacionados a diversos assassinatos, incluindo fotos e nomes das vítimas, além de um calendário com as datas dos crimes. Albino demonstrava uma obsessão por jovens com características físicas semelhantes e fazia levantamentos nas redes sociais sobre os alvos.
A DHPP ressaltou que as investigações sobre as vítimas de Albino estavam em andamento antes de sua prisão, mas sem autoria definida. A prisão do suspeito representa um avanço nas investigações e traz justiça para as famílias das vítimas.