Sergio Moro Chama Pedido do PT para Depoimento na CPMI do INSS de “Ridículo” e Refuta Acusações de Irregularidades em Benefícios Previdenciários

O senador Sergio Moro, membro do União Brasil do Paraná, manifestou-se nesta segunda-feira, dia 25, a respeito do pedido feito pelo Partido dos Trabalhadores (PT) que solicita sua convocação para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. Em uma postagem na rede social X, Moro não poupou críticas ao requerimento, que classificou como “ridículo”. O ex-juiz ainda acusou o partido de tentar desviar a atenção de questões mais relevantes, criando o que chamou de “cortina de fumaça”. Ele reforçou que, durante seu tempo à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública, não teve envolvimento com práticas relacionadas a descontos indevidos em aposentadorias ou pensões.

A proposta de convocar Moro foi levantada pelo deputado federal Rogério Correia, do PT de Minas Gerais. Além de Moro, o deputado também deseja ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro. Correia justifica esse pedido com a alegação de que, após a extinção do Ministério do Trabalho, as atribuições sobre a criação de novos sindicatos passaram a fazer parte da pasta dirigida por Moro. Durante esse período, segundo ele, teriam surgido instituições suspeitas de promover descontos indevidos em benefícios previdenciários.

A CPMI do INSS foi instaurada em resposta a denúncias publicadas pelo portal Metrópoles, que, em dezembro de 2023, revelou um esquema de fraudes envolvendo associações ligadas a aposentados e pensionistas. As investigações mostraram que essas entidades teriam movimentado cerca de R$ 2 bilhões em um único ano, enquanto enfrentavam milhares de processos relacionados a filiações fraudulentas. O escândalo resultou na Operação Sem Desconto, empreendida pela Polícia Federal, que culminou na demissão do presidente do INSS e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Atualmente, a CPMI, presidida pelo senador Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, está atenta às investigações e à convocação de Sergio Moro, bem como de outras figuras associadas a esse grande caso de corrupção. O colegiado deve tomar decisões sobre essas convocações ainda nesta semana, dando continuidade a uma apuração que já atraiu a atenção do país inteiro.

Sair da versão mobile