A proposta de convocar Moro foi levantada pelo deputado federal Rogério Correia, do PT de Minas Gerais. Além de Moro, o deputado também deseja ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro. Correia justifica esse pedido com a alegação de que, após a extinção do Ministério do Trabalho, as atribuições sobre a criação de novos sindicatos passaram a fazer parte da pasta dirigida por Moro. Durante esse período, segundo ele, teriam surgido instituições suspeitas de promover descontos indevidos em benefícios previdenciários.
A CPMI do INSS foi instaurada em resposta a denúncias publicadas pelo portal Metrópoles, que, em dezembro de 2023, revelou um esquema de fraudes envolvendo associações ligadas a aposentados e pensionistas. As investigações mostraram que essas entidades teriam movimentado cerca de R$ 2 bilhões em um único ano, enquanto enfrentavam milhares de processos relacionados a filiações fraudulentas. O escândalo resultou na Operação Sem Desconto, empreendida pela Polícia Federal, que culminou na demissão do presidente do INSS e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Atualmente, a CPMI, presidida pelo senador Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, está atenta às investigações e à convocação de Sergio Moro, bem como de outras figuras associadas a esse grande caso de corrupção. O colegiado deve tomar decisões sobre essas convocações ainda nesta semana, dando continuidade a uma apuração que já atraiu a atenção do país inteiro.