O promotor de Justiça Coaracy Fonseca, juntamente com os advogados assistentes de acusação Roberto Moura, Julia Figueiredo e André Argolo, conduziu a acusação. A defesa tentou desqualificar a vítima, mas enfrentou dificuldades ao apresentar testemunhas que constantemente entraram em contradição. Um dos depoimentos foi desconsiderado, enquanto outra testemunha, Izabel, que vive na Itália, foi ouvida apenas como declarante devido à falta de coerência.
“O Ministério Público celebra este veredito, que representou uma luta árdua, mas sólida em termos de provas e testemunhos contundentes”, declarou o promotor. “Após mais de uma década de espera, justiça foi feita, trazendo certo alívio aos familiares da vítima.”
Entre as testemunhas de acusação estava o advogado Antônio Carlos, antigo colega de trabalho de Marcos André em uma usina. Em seu depoimento, ele confirmou que a vítima, em seu leito no Hospital Geral do Estado, escreveu uma mensagem acusando Janadaris de ser a responsável pelo atentado, mencionando ainda um pagamento de R$ 50 mil pelo crime.
Parentes de Marcos André compareceram ao tribunal, vestindo camisas pretas e brancas e clamando por justiça. A irmã da vítima, Manuel de Deus Félix, sofreu um mal-estar durante o julgamento, mas expressou esperança: “Meu irmão não voltará, mas acreditamos na justiça, e isso aliviará a dor que nos atingiu por onze anos.”
Em comunicado, os advogados da acusação manifestaram satisfação com o veredito e pediram a exclusão de Janadaris do quadro da Ordem dos Advogados do Brasil devido à gravidade do crime. Eles destacaram a importância do julgamento no combate aos crimes de mando em Alagoas, enfatizando que a banalização da vida humana não será tolerada.