As investigações tiveram início como desdobramento da operação Lava Jato em 2018, mas o relatório final do inquérito só foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal no mês de agosto deste ano, tendo o ministro Edson Fachin como relator do caso. Já em setembro de 2020, Fachin homologou as delações premiadas de executivos que atuaram na antiga companhia Hypermarcas, atualmente conhecida como Hypera Pharma.
De acordo com o relatório da Polícia Federal, Renan Calheiros teria indicado um nome para a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a fim de beneficiar os interesses da Hypermarcas perante a agência reguladora. Por conta do foro privilegiado, os senadores Renan Calheiros e Eduardo Braga terão suas investigações e eventual denúncia analisadas pelo STF, enquanto Romero Jucá, que não possui mais mandato, terá sua parte do processo encaminhada para a Justiça Federal no Distrito Federal, em primeira instância.
A Procuradoria-Geral da República firmou os acordos de delação premiada com os executivos da empresa farmacêutica, o que contribuiu para a conclusão das investigações da Polícia Federal. O desfecho desse caso envolvendo os senadores do MDB aguarda agora a continuidade do processo no âmbito judicial para a devida apuração dos fatos e possíveis punições.