A senadora enfatizou que o ano de 2024 marca um retorno ao crescimento do PT, que começou após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Em suas palavras, o partido conseguiu recuperar parte de sua força política e eleitoral perdida ao longo dos anos, especialmente em comparação aos resultados ruins de 2016. Para Leitão, esse crescimento reflete uma resiliência do partido e de seus apoiadores nas cidades e estados brasileiros.
Ademais, ao abordar a interação entre o governo e o Congresso, a senadora não compartilhou a visão de que há uma crise mais ampla nas relações institucionais. Apesar de reconhecer que existem tensões, especialmente relacionadas a como a Câmara, liderada por seu presidente, responde às ações do governo, ela defendeu que a relação no geral não está “abalada”. Segundo Leitão, muitos dos projetos e propostas enviadas pelo governo têm obtido aprovação, indicando uma colaboração que contraria as narrativas pessimistas veiculadas.
Um dos pontos mais polêmicos da entrevista foi sua crítica ao projeto recente aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara, que diz respeito às decisões monocráticas de juízes do Supremo Tribunal Federal. A senadora não hesitou em afirmar que a proposta é “completamente inconstitucional”, ressaltando a importância do respeito às regras e às atribuições de cada poder no país. Para ela, a integridade do Judiciário e as normas que regem as decisões judiciais não devem ser comprometidas por interferências externas.
Essa postura firme de Teresa Leitão reflete um compromisso do PT com os princípios da Constituição e um alerta contra as tentativas de limitar a autonomia do Judiciário, sinalizando um pacto pela democracia e pela legislação no Brasil.