Gabrilli ressaltou a luta das pessoas com deficiência para exercerem a sua cidadania no país e defendeu a importância das tecnologias assistivas em garantir a inclusão dessas pessoas. Ela ainda acrescentou que “passou da hora de o presidente estudar mais sobre o universo das deficiências”, destacando a necessidade de uma maior conscientização sobre o assunto.
A declaração de Lula foi feita durante o programa Conversa com o Presidente, transmitido semanalmente em suas redes sociais. O petista comentava sobre o período pós-operatório que enfrentará após passar por uma cirurgia no quadril. No entanto, sua preocupação estava relacionada ao fato de não poder utilizar muletas ou andador durante esse período.
Lula afirmou que o fotógrafo responsável pelas imagens do programa não queria filmá-lo utilizando essa ajuda para locomoção e que, portanto, as pessoas o veriam sempre “bonito, como se eu não tivesse sequer operado”. A declaração gerou críticas de diversos setores, principalmente daqueles que defendem a inclusão e a valorização das pessoas com deficiência.
Para Mara Gabrilli, as palavras do presidente são condenáveis, já que ele deveria enaltecer a diversidade humana ao invés de diminuir as diferenças. A senadora ressaltou que, apesar das dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência, elas possuem um potencial igualmente válido e merecem ser reconhecidas por isso.
Vale destacar que Mara Gabrilli é tetraplégica devido a um acidente de carro ocorrido em 1994. No ano passado, ela concorreu às eleições como vice-presidente na chapa com Simone Tebet, do MDB, que atualmente ocupa o cargo de ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil.
Diante das críticas recebidas, espera-se que o presidente Lula reflita sobre suas declarações e busque uma postura mais inclusiva e respeitosa em relação às pessoas com deficiência. Afinal, é fundamental que os líderes políticos atuem como representantes de todos os cidadãos e promovam a inclusão em todas as suas esferas de atuação.
