Senador solicita convocação do diretor da PF para esclarecer exclusão de Frei Chico de investigações de fraudes previdenciárias na CPMI do INSS

O senador Marcos Rogério, membro do PL de Rondônia, apresentou um requerimento que solicita a convocação do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, para prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O foco do pedido é entender os motivos pelos quais José Ferreira da Silva, mais conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), foram excluídos das investigações sobre fraudes no sistema previdenciário.

Em declarações anteriores, Rodrigues havia confirmado que nem Frei Chico nem o Sindnapi faziam parte das investigações em andamento. Tal afirmação gerou um intenso debate entre os parlamentares, que demandam maior clareza sobre os critérios utilizados para determinar os alvos das investigações e o fluxo de informações entre as entidades envolvidas, o que inclui a PF, o INSS, a Dataprev e a Controladoria-Geral da União (CGU). Para Rogério, a ausência de figuras ligadas ao governo no escopo da investigação demanda explicações pormenorizadas, especialmente considerando a repercussão que o caso ganhou em nível nacional.

Na liderança da CPMI, o senador Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, adota uma abordagem mais cautelosa. Ele defende que, no momento, não há justificativa para convocar Frei Chico e sugere que o foco deve ser monitorar os desdobramentos das investigações antes de decidir sobre a inclusão de dirigentes sindicais nas audiências. Essa postura de Viana reflete um cuidado em evitar precipitações que possam comprometer o processo investigativo.

Atualmente, a decisão sobre a convocação do diretor da PF está nas mãos da CPMI, que enfrenta crescente pressão política paralela a questionamentos sobre a sua imparcialidade. O cenário se torna cada vez mais complexo em Brasília, à medida que a CPMI do INSS continua a ser um ponto central de debate e controvérsia no Congresso. Os próximos passos da investigação são aguardados com expectativa, tanto por parte dos parlamentares quanto da opinião pública.

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