Senador Renan Calheiros comemora acordo para indicação de membros da CPI da Braskem pelo Senado e expõe necessidade de investigação completa.

O senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, utilizou suas redes sociais para comemorar na última quarta-feira, dia 06, o avanço da instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, uma empresa de extração mineral de sal-gema que causou um grande acidente ambiental urbano na cidade de Maceió, capital alagoana.

Renan agradeceu aos seus colegas senadores pelo apoio na causa e em especial aos alagoanos, que lutaram para que a investigação sobre a responsabilidade jurídica da Braskem nas reparações fosse iniciada. Ele reconheceu o empenho das mais de 200 mil pessoas afetadas pelo afundamento do solo em bairros da cidade.

O requerimento apresentado por Renan solicitando a criação da CPI da Braskem obteve o apoio de 45 senadores, ultrapassando as 27 assinaturas necessárias para a sua instauração. Agora, os líderes partidários terão a incumbência de indicar os membros que farão parte do colegiado. A comissão será composta por 11 membros titulares e sete suplentes, com um prazo de 120 dias para conduzir as investigações e um limite de despesas de R$ 120 mil.

O senador afirma que a CPI é necessária devido à falta de transparência da Braskem em relação aos danos causados pelo acidente ambiental em Maceió. Ele alega que, cinco anos após o início da tragédia, a empresa ainda não cumpriu integralmente com a reparação dos danos socioambientais. Além disso, Renan aponta que há um passivo desconhecido decorrente das medidas de preservação do patrimônio ambiental e histórico de Maceió, resultando em prejuízos financeiros e infraestruturais para a cidade.

A Braskem, que é controlada pela Novonor S.A., foi responsável pelo afundamento de cinco bairros em Maceió e pelo deslocamento de milhares de pessoas. Em decorrência da exploração do sal-gema, casas e prédios racharam, e a mineração criou crateras subterrâneas, resultando em um rastro de destruição na capital alagoana. A empresa, que está atualmente em processo de venda, será alvo das investigações da CPI, visando garantir que cumpra com todos os compromissos assumidos em função do crime ambiental.

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