O senador não mediu palavras ao desferir sua crítica, afirmando que a AGU havia, escandalosamente, condecorado uma “quadrilha de vagabundos ladrões de aposentados” com uma honraria de mérito previdenciário. Essa declaração, repleta de indignação, evidenciou o clima de descontentamento que permeia as discussões sobre a corrupção no sistema previdenciário. Seif insinuou que a atitude da AGU não é apenas irresponsável, mas também um afronta aos cidadãos que dependem do sistema para sua subsistência.
Durante sua fala, Seif destacou que a Controladoria-Geral da União (CGU) havia apontado 38 associações para investigação. Contudo, segundo o senador, a AGU optou por investigar apenas 11 dessas entidades. Ele enfatizou que essa escolha não foi aleatória, sugerindo que as associações que ficaram de fora são as que teriam mantido relações mais estreitas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com deputados do PT.
Este episódio, que revela divisões partidárias acentuadas, levanta questões sobre a imparcialidade das instituições responsáveis por investigar fraudes no sistema previdenciário. A troca de acusações entre diferentes esferas do governo denota a complexidade e a gravidade da situação, em que supostos esquemas de corrupção podem estar afetando milhões de brasileiros.
Sendo assim, a CPMI do INSS continua a ser um espaço crucial para a aplicação de accountability e para o esclarecimento das denúncias que cercam a administração pública, refletindo um momento decisivo na luta contra a corrupção no país. A pressão por respostas e ações concretas se intensifica à medida que mais informações aparecem, fazendo com que a sociedade civil permaneça atenta às movimentações políticas neste campo sensível.