Senador Jorge Kajuru critica pacote de medidas que visa proteger parlamentares de investigações e operações policiais no Congresso.



O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) fez duras críticas à discussão na Câmara dos Deputados sobre um pacote de medidas que visam proteger parlamentares de investigações e operações policiais. Em seu pronunciamento nesta terça-feira (5), Kajuru destacou que uma proposta de emenda à Constituição (PEC) estaria em tramitação com o objetivo de restabelecer a inviolabilidade de investigações prevista na Constituição de 1988, tornando necessário que o início de apurações contra deputados seja aprovado pelo Congresso Nacional. Outra PEC em discussão acabaria com o foro privilegiado de parlamentares, fazendo com que crimes relacionados aos mandatos sejam julgados por outros tribunais antes do Supremo Tribunal Federal (STF).

O senador enfatizou sua indignação com o propósito das propostas, classificando-as como “ridículas, estapafúrdias, corporativistas e até mesmo ‘canalhista'”. Para Kajuru, em um momento em que o país passa por um processo de reconstrução e possui diversas demandas essenciais, é lamentável e revoltante ver parte do Parlamento preocupada com autoproteção.

Além disso, Kajuru ressaltou que não irá aprovar iniciativas de blindagem parlamentar que possuam vícios de constitucionalidade, afirmando que recorrerá ao STF, se necessário, para combater tais medidas. O senador também criticou a aprovação, no ano anterior, de um projeto na Câmara que tipifica o crime de discriminação contra pessoas politicamente expostas, argumentando que o texto foi votado sem passar pelas devidas comissões e recebeu críticas de especialistas.

Ao declarar seu posicionamento em defesa da inviolabilidade do mandato parlamentar, Kajuru fez questão de ressaltar que não apoia a imunidade parlamentar, destacando a importância de que todos os brasileiros sejam submetidos às mesmas regras jurídicas, conforme previsto na Constituição. A postura crítica e combativa do senador reflete seu compromisso com a transparência e a ética no exercício do mandato, combatendo qualquer tentativa de autopreservação que busque desvirtuar o papel do Legislativo no país.

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