Segundo Girão, estudiosos no assunto concordam de forma unânime que esse tipo de jogo é uma das maiores fontes de lavagem de dinheiro sujo proveniente da corrupção e do tráfico de drogas.
O senador ressaltou que tanto a MP 1.182 quanto o PL 3.626 mostram uma falta de preocupação em combater a lavagem de dinheiro, restringir a publicidade e endurecer as penalidades para o crime de manipulação de resultados. Ele argumentou que o único objetivo do governo é regulamentar a tributação para aumentar a arrecadação de impostos, sem se importar com a origem do dinheiro ou com quantas vidas serão prejudicadas pelo vício. As apostas esportivas têm crescido rapidamente no Brasil desde que foram autorizadas por lei em 2018.
Girão também chamou a atenção para o fato de que 19 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro são patrocinados por empresas de apostas com valores que superam os R$ 300 milhões. O parlamentar lamentou que essa atividade esteja manchando a “pureza do esporte” e transformando o futebol em um “paraíso para a manipulação de resultados, com denúncias em praticamente todos os campeonatos”.
Ele relembrou o caso do Campeonato Cearense de 2022, que chegou a ser suspenso devido a fortes denúncias de manipulação. Além disso, Girão mencionou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) puniu recentemente 11 jogadores por manipulação de resultados, com penas que variam de 360 dias a banimento permanente do futebol. O senador também destacou a decisão do Comitê Disciplinar da FIFA em estender essas punições a nível mundial.
Girão ainda revelou ter protocolado sete projetos de lei que buscam “restringir ao máximo” a atividade de jogos de azar, seguindo a linha adotada em todo o mundo em relação ao tabagismo.
É importante ressaltar que as informações mencionadas nesta matéria são provenientes de um pronunciamento do senador Girão e não foram citadas as fontes específicas para embasar as declarações.










