Plínio Valério ressaltou que o potássio em Autazes não se encontra em terras indígenas e nunca esteve. Mesmo assim, a justificativa para não explorar o recurso é a proteção dos índios, que atualmente vivem em condições precárias, sofrendo com problemas como alcoolismo e pobreza. O senador argumenta que a exploração do potássio poderia gerar benefícios para essas comunidades indígenas.
O senador destacou a dependência do Brasil em relação à importação de adubos e fertilizantes, sendo que o país gasta bilhões de dólares anualmente para suprir essa demanda. O cloreto de potássio, essencial para a produção de fertilizantes, representa quase 40% do total de importações intermediárias do país entre os anos de 2017 e 2021.
Plínio Valério também criticou a influência do Canadá nas questões ambientais e indígenas no Brasil, apontando que o país norte-americano é um dos principais fornecedores de potássio para o Brasil. Ele ressaltou que os verdadeiros beneficiários dessa relação comercial são os indígenas canadenses, especificamente os inuítes, que recebem parte do dinheiro pago pelo Brasil pelo potássio exportado.
O senador concluiu seu discurso lamentando a situação em que os indígenas brasileiros se encontram, sem poder usufruir dos recursos naturais presentes em suas terras. Para Plínio Valério, a exploração responsável do potássio em Autazes poderia trazer desenvolvimento econômico e social para as comunidades indígenas da região, beneficiando não só os índios, mas também o país como um todo.