Pontes defendeu a indicação de Oliveira Júnior, alegando que o empresário possui “valores que o partido defende”. O senador reconheceu estar ciente da investigação em curso contra o empresário, mas ressaltou que se trata apenas de uma investigação e não de uma condenação. Pontes deixou claro que, caso haja uma condenação que desabone o pré-candidato, a indicação será revista.
Em um comunicado, o advogado de Milton de Oliveira Júnior enfatizou a reputação ilibada do empresário, afirmando que ele não possui qualquer processo cível ou criminal em seu histórico. O advogado também mencionou que os pertences apreendidos com o empresário pela Polícia Federal já foram devolvidos, e que os fatos relacionados ao 8 de Janeiro ainda estão em fase inquisitorial.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o senador Marcos Pontes aparece ao lado de Oliveira Júnior no Aeroporto Internacional de Guarulhos, anunciando a aceitação do empresário como pré-candidato à prefeitura de Itapetininga. Pontes elogia a decisão do empresário e destaca a importância da missão que ele irá desempenhar.
No entanto, o empresário é conhecido por ter contribuído com apoiadores radicais de Bolsonaro que invadiram e depredaram os Três Poderes em Brasília no dia 8 de Janeiro de 2023. Oliveira Júnior admitiu em um programa de rádio ter ajudado alguns extremistas que participaram do ato, mas posteriormente esclareceu que sua ajuda se referia a questões logísticas e não estava ligada aos atos de vandalismo.
A Operação Lesa Pátria, que já deflagrou 25 fases, investiga crimes relacionados aos eventos de 8 de Janeiro, como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa. Embora Pontes tenha garantido que a candidatura de Oliveira Júnior será revista se houver condenação, a escolha do empresário como pré-candidato continua gerando controvérsia e levantando questões sobre a integridade e idoneidade dos agentes políticos envolvidos.
