Senador Cleitinho defende Bolsonaro e critica julgamento no STF como “injusto” durante visita ao ex-presidente em sua residência em Brasília.

Na última quarta-feira, o senador Cleitinho, representante do partido Republicanos de Minas Gerais, protagonizou uma visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar. Em declarações à imprensa, Cleitinho classificou como “injusto” o julgamento que Bolsonaro enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF), onde é acusado de envolvimento em uma suposta trama golpista que supostamente se iniciou em 2022.

O senador não poupou críticas à vigilância imposta pela Polícia Federal em torno da residência de Bolsonaro, situada no Jardim Botânico, em Brasília. Cleitinho argumentou que a presença constante da PF representa um constrangimento não apenas para o ex-presidente, mas para sua família e vizinhos. “O Bolsonaro tem esposa e filhos que não têm nada a ver com isso. E estão querendo colocá-lo como se fosse um terrorista”, enfatizou, expressando preocupação com a forma como o caso vem sendo abordado pelas autoridades.

Além de defender Bolsonaro, Cleitinho mencionou outras questões relacionadas ao sistema judicial brasileiro. Durante sua aparição, o senador anunciou a intenção de formar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar ações de membros do Judiciário. Ele acredita que essa CPMI, chamada de “vaza toga”, será essencial para garantir uma maior transparência e justiça no Brasil. “Precisamos mostrar a verdadeira Justiça que é o Brasil”, afirmou.

A situação de Jair Bolsonaro é delicada. Desde o dia 4 de agosto, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Moraes argumentou que Bolsonaro desrespeitou medidas cautelares em um inquérito, e a apuração se concentra em alegações de que o ex-presidente teria tentado coagir autoridades envolvidas em uma ação penal.

Os desdobramentos desse caso seguem gerando debates acalorados e polarizados no cenário político nacional, e espera-se que, nos próximos dias, novas movimentações e reações do Judiciário e do Parlamento façam ecoar ainda mais essa controvérsia pela sociedade.

Sair da versão mobile