Em entrevista concedida à GloboNews, o senador fez um alerta sobre os riscos que a PEC representa, alegando que ela cria uma “casta privilegiada” que estaria livre para cometer crimes em diversas esferas. Essa retórica, conforme Vieira, reforça uma narrativa de impunidade e vai de encontro ao que espera a sociedade. “Tal proposta é literalmente a defesa dos infratores, revelando-se inaceitável”, argumentou.
Por sua vez, o presidente da Câmara, Hugo Motta, ao comentar a situação, destacou o clima desafiador que o Parlamento enfrenta, sublinhando que é momento de retirar as “pautas tóxicas” que têm dominado a agenda. Durante um evento em São Paulo, Motta disse que as discussões devem ser direcionadas a temas relevantes como reforma administrativa, Imposto de Renda e segurança pública, em vez de “debates improdutivos”. Essa fala surge em um contexto em que protestos contra a PEC da Blindagem tomaram conta de diversas cidades do Brasil, demonstrando a insatisfação da população.
Entre os manifestantes, a ideia de que a PEC asseguraria a impunidade para crimes graves foi amplamente debatida. Motta reconheceu a importância das manifestações, afirmando que elas revelam uma democracia vibrante. Ele respeitou a mobilização do povo, ressaltando que a participação cidadã é fundamental para a saúde da democracia.
O embate entre Vieira e Motta espelha a polarização que marca a política brasileira contemporânea. À medida que o Senado se prepara para analisar a PEC, a pressão da opinião pública se torna um fator crucial a ser considerado nas decisões dos parlamentares. O futuro da proposta ainda é incerto, mas o diálogo e a mobilização popular mostram que a sociedade está atenta e disposta a se engajar sobre questões que envolvem a justiça e a responsabilidade política.