Senado Instala CPI para Investigar Crime Organizado em Meio a Megaoperação Policial no Rio de Janeiro com 132 Mortos e 113 Prisões.

Senado Instala CPI para Investigar Crime Organizado em Meio a Megaoperação no Rio de Janeiro

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do União Brasil, anunciou nesta quarta-feira a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar o crime organizado no Brasil. A decisão surge em meio a intensos desdobramentos provocados pela recente megaoperação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, uma das facções criminosas mais poderosas do país.

A nova comissão começará seus trabalhos na próxima terça-feira, 4 de novembro, e Alcolumbre destacou que o foco das investigações será a estruturação, expansão e funcionamento das milícias e facções criminosas. “É hora de enfrentar esses grupos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”, afirmou o presidente do Senado em comunicado nas redes sociais.

A proposta de criar a CPI foi apresentada pelo senador e ex-delegado Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, e, após algumas semanas de atraso devido ao descontentamento da cúpula do Senado em relação aos desfechos da CPI das Bets, finalmente recebeu luz verde. O clima político tenso que permeia a discussão da CPI é refletido na gravidade das operações policiais recentes.

No que é considerado um dos mais abrangentes combates ao crime organizado, o governo do Rio de Janeiro implementou a operação Contenção, mobilizando cerca de 2.500 policiais civis e militares. O objetivo era desarticular as operações do Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha. Os resultados da operação, no entanto, foram dramáticos: 113 pessoas foram detidas e ao menos 132 perderam a vida, incluindo quatro policiais. Criminosos, em resposta, ergueram barricadas e fecharam principais vias da capital fluminense, refletindo a crescente tensão nas ruas.

O governador do Rio, Cláudio Castro, classificou a operação como “um sucesso”, destacando que as únicas vítimas foram os policiais, uma declaração que gerou controvérsias em meio ao horror causado pelos confrontos. Um dia após a megaoperação, moradores da comunidade da Penha levaram 72 corpos para a Praça São Lucas. Os relatos indicam que os cadáveres foram encontrados em uma área de mata entre os locais de confronto, marcando esta como uma das mais devastadoras operações policiais na história do estado.

O cenário atual revela não apenas a luta contra o crime organizado, mas também os desafios enfrentados pelas instituições de segurança pública e a necessidade urgente de um diálogo efetivo para conter a violência que assola diversas áreas do país.

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