A relatora do projeto, a senadora professora Dorinha Seabra, associada ao partido União, destacou que embora o Sisu tenha democratizado o acesso ao ensino superior, ele também intensificou a concorrência em cursos extremamente populares, como medicina e direito. Estes cursos têm atraído uma quantidade considerável de candidatos de diferentes partes do país, o que torna o processo seletivo ainda mais acirrado e, por conseguinte, desvantajoso para estudantes que, por questões de proximidade geográfica ou condições sociais, não conseguem competir de maneira igualitária.
A proposta surge em um momento crítico, considerando que as desigualdades educacionais no Brasil ainda são profundas. Muitos alunos que residem em áreas mais afastadas e têm menos acesso a recursos educacionais de qualidade frequentemente ficam em desvantagem em relação a candidatos de grandes centros urbanos, que costumam ter acesso a escolas de melhor qualidade e recursos adicionais no processo de preparação para exames.
Com o bônus, acredita-se que esses estudantes possam ter uma chance mais justa de entrar em instituições de ensino superior e, assim, contribuir para uma maior diversidade e inclusão no ambiente acadêmico. O projeto está em discussão e já gerou um amplo debate sobre a necessidade de se adotar medidas que realmente tornem o acesso à educação superior mais justo e igualitário.
Se aprovado, essa iniciativa poderá alterar a forma como as universidades brasileiras abordam a seleção de seus alunos e, potencialmente, transformar a vida de muitos jovens que almejam uma educação superior de qualidade. A proximidade geográfica, que até então era um fator muitas vezes negligenciado, pode passar a ser um critério relevante na busca por um sistema educacional mais equitativo.







