Entre os críticos da proposta está o senador Eduardo Girão, do partido Novo, que planeja utilizar a tribuna do Senado para enaltecer a decisão do presidente em barrar um aumento considerado por ele não apenas desnecessário, mas também potencialmente oneroso para os cofres públicos. Girão acredita que a ampliação do número de deputados representaria um desperdício de recursos em um momento em que a administração pública deve priorizar a eficiência e o controle de gastos.
Por outro lado, o relator do projeto, o senador Marcelo Castro, do MDB, defende que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, tenha o poder de promulgar a proposta caso o presidente Lula opte por não sancioná-la. Castro expressou que a sanção do projeto poderá atrair críticas significativas da opinião pública, que parece, em sua maioria, contrária ao aumento da representatividade na Câmara. Segundo ele, essa insatisfação popular pode ser um fator importante a ser considerado por Lula.
Além disso, o relator alertou que um veto presidencial à medida pode criar um clima de atrito entre os poderes Legislativo e Executivo, prejudicando a relação já delicada entre as instituições. Essa situação revela o atual embate entre diferentes visões sobre o aumento do número de representantes no Legislativo, levantando questões sobre a eficiência da representação e o impacto financeiro que essa medida pode ter sobre a administração pública.
Assim, o futuro da proposta permanece incerto, com a expectativa crescente acerca da decisão do presidente Lula, que precisará equilibrar a vontade popular e os interesses políticos em jogo. A pressão sobre o Executivo é grande, e cada movimento poderá moldar a forma como os brasileiros vivenciam a política em seu dia a dia.