SENADO FEDERAL – Senadores dos EUA pedem mais prazo em negociações sobre sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros após reunião com empresas exportadoras.

Na última segunda-feira, 28 de agosto, uma comissão do Senado dos Estados Unidos se reuniu com representantes de grandes empresas que comercializam com o Brasil. O encontro, que teve como foco as recentes medidas tarifárias que impactam as exportações brasileiras, revelou a preocupação dos senadores em relação à implementação de uma nova sobretaxa de 50% sobre produtos oriundos do Brasil. Esta medida, se implementada sem ajustes, pode gerar efeitos adversos não apenas para o comércio bilateral, mas também para a economia de ambos os países.

Os senadores, liderados por Nelsinho Trad, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), decidiram redigir uma carta endereçada a autoridades norte-americanas. O objetivo é solicitar um prazo estendido para as negociações, com o intuito de buscar um entendimento que favoreça tanto as empresas estadunidenses quanto os produtores brasileiros. O encontro não apenas abordou as preocupações empresariais, mas também permitiu a troca de ideias com especialistas em comércio exterior, que puderam apresentar diagnósticos e sugestões para abordar a questão de maneira mais diplomática e vantajosa.

Além disso, os senadores planejam reuniões com parlamentares nos Estados Unidos durante esta terça-feira, 29 de agosto. O intuito dessas reuniões é fortalecer laços e promover uma agenda de diálogo mais aberta entre os dois países, abordando não só as tarifas, mas também outros aspectos que podem influenciar o intercâmbio comercial. A expectativa é que, por meio de um esforço conjunto, seja possível mitigar os impactos negativos da nova tarifação e criar um ambiente mais favorável para o comércio bilateral.

A percepção dos senadores é de que a negociação deve ser uma prioridade, considerando a relevância do Brasil como parceiro comercial estratégico. O clima de incerteza gerado pela proposta de taxas elevadas é uma preocupação tanto para os exportadores brasileiros quanto para os importadores americanos, que temem uma eventual escalada nas tensões comerciais. As discussões continuam, com a esperança de que seja possível chegar a um consenso que beneficie ambos os lados.