A maioria dos que se manifestaram pertence à ala oposicionista, com destaque para ex-ministros do governo Bolsonaro, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), Jorge Seif (PL-SC) e Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). Eles criticaram fortemente a decisão dos ministros do STF de aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Damares Alves argumentou que “não há provas documentais que sustentem a acusação de tentativa de golpe contra o ex-presidente”, enquanto Marcos Pontes destacou que “a imparcialidade deu lugar à narrativa” no processo. Já Jorge Seif apontou que “a chamada minuta do golpe nunca foi assinada”, questionando a validade das acusações.
Além dos oposicionistas, outros senadores também se pronunciaram questionando a decisão, como Carlos Portinho (PL-RJ), Esperidião Amin (PP-SC), Alan Rick (União-AC), Wellington Fagundes (PL-MT) e outros membros do cenário político brasileiro.
Por outro lado, o senador Humberto Costa (PT-PE), um dos governistas, destacou a decisão do STF como “histórica” e “uma vitória da democracia”. Ele ressaltou a importância do julgamento para garantir a estabilidade institucional e proteger a Constituição brasileira contra possíveis ameaças.
Em meio a um cenário político polarizado e marcado por tensões, a decisão do STF em tornar Bolsonaro e seus aliados réus por tentativa de golpe de Estado trouxe à tona questões importantes sobre a separação de poderes e a garantia do Estado de Direito no Brasil. O debate no Senado refletiu a diversidade de opiniões e visões sobre o tema, evidenciando a complexidade e a sensibilidade do momento político atual no país.