A proposta abrange a dublagem de obras estrangeiras exibidas no país, assegurando os direitos de voz e interpretação dos profissionais da área. Além disso, sugere a implementação de incentivos fiscais para estimular a capacitação de novos dubladores, uma medida que visa fortalecer o setor.
A cidadã responsável pela ideia, Adriana Torres, é uma dubladora com mais de três décadas de experiência em produções cinematográficas e televisivas. Para ela, a dublagem desempenha um papel crucial na acessibilidade das obras e na preservação da identidade linguística brasileira. Torres expressa seu desejo de que a dublagem seja reconhecida como um patrimônio cultural, enfatizando sua relevância em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia.
Adriana também alerta sobre os riscos da substituição de vozes humanas por IA, argumentando que essa prática não só ameaça os profissionais da dublagem, mas também compromete a qualidade artística das obras. Ela menciona que tentativas de substituir dubladores humanos por inteligência artificial têm recebido críticas negativas do público, que percebe uma falta de autenticidade e conexão emocional nas produções resultantes.
Desde sua apresentação em 24 de abril, a proposta rapidamente ganhou apoio, atingindo mais de 20 mil assinaturas necessárias até 15 de maio para que pudesse ser transformada em sugestão legislativa. Agora, ela aguarda a análise do senador Magno Malta (PL-ES), que é responsável pela elaboração do relatório. Se o parecer que será produzido for aprovado, a proposta poderá se transformar em um projeto de lei e seguirá para tramitação nas comissões temáticas do Senado, onde pode ser discutida e aprimorada antes de uma votação final. Assim, o futuro da dublagem no Brasil poderá ser moldado por regulamentações que reconheçam e valorizem o trabalho dos profissionais da área.