SENADO FEDERAL – Senadora Damares Alves lidera diligência no Marajó para investigar o tráfico de crianças e o desaparecimento de Elisa em nova tentativa de federalização do caso.

Na última quarta-feira, 25, durante uma sessão no Plenário, a senadora Damares Alves, representante do Republicanos do Distrito Federal, expôs um tema alarmante e urgente: o tráfico de crianças no Brasil. Em seu discurso, Damares anunciou que a Comissão de Direitos Humanos (CDH), da qual é presidente, realizará uma diligência no arquipélago do Marajó, no Pará, com o objetivo de investigar o misterioso desaparecimento da menina Elisa, que ocorreu este ano.

A senadora destacou que o caso foi protocolado junto ao Ministério da Justiça, solicitando a federalização da investigação. Damares enfatizou a fragilidade da resposta policial local, afirmando que a polícia do Pará não conseguiu oferecer as respostas necessárias. “Solicitamos que o ministro da Justiça assumisse a federalização desse caso. O ministério está avaliando a possibilidade e percebi uma receptividade positiva por parte do ministro. No entanto, a Comissão de Direitos Humanos não deseja esperar; queremos ir até a comunidade onde a mãe reside para afirmar a eles que não estão sozinhos neste duelo”, declarou.

O apoio logístico para a operação será garantido pela Força Aérea Brasileira (FAB), uma vez que o deslocamento até Anajás, cidade onde a família de Elisa mora, é desafiador e requer uma complexa logística. Segundo a senadora, a viagem de barco de Belém até o município pode levar quase 24 horas, dada a dificuldade de acesso à região.

Damares também fez uma comparação entre a situação brasileira e a operação “Olho de Dragão”, realizada nos Estados Unidos, que culminou no resgate de 60 crianças vítimas de tráfico em Florida. A senadora acredita que tal sucesso pode inspirar ações semelhantes no Brasil. “A operação, extremamente bem-sucedida nos EUA, me renova a esperança de que somos capazes de localizar as crianças desaparecidas em nosso país”, disse.

Ela ainda mencionou um dado alarmante: atualmente, cerca de 101 mil pessoas estão desaparecidas no Brasil, um número que corresponde às informações disponíveis em cadastros ainda não unificados. “É um desafio significativo que precisamos enfrentar com seriedade”, finalizou a senadora.

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