A senadora levantou questões fundamentais sobre o planejamento da ação policial, que contou com a participação de 2.500 policiais, e os impactos colaterais que tal operação inevitavelmente provocaria. Em seu pronunciamento, Damares Alves fez um apelo para saber como as autoridades garantiram a segurança das crianças nas escolas, muitas das quais estavam em plena atividade durante a ação. “Como foi realizado o acolhimento das crianças? Estavam os Conselhos Tutelares envolvidos? Quais protocolos foram empregados para minimizar os danos?”, questionou. Sua preocupação se estende ao passado, lembrando de tragédias como o rompimento das barragens em Brumadinho e Mariana, que evidenciam a necessidade de protocolos internacionais para proteger grupos vulneráveis em situações de crise.
Na noite da operação, um cenário de caos se instaurou. Veículos foram incendiados, tiros ecoaram pelas ruas e drones lançaram explosivos na tentativa de desarticular membros do Comando Vermelho. Os números das fatalidades crescem a cada hora: inicialmente reportadas 64 mortes, incluindo policiais, e a manhã seguinte trouxe relatos de moradores que levaram ao espaço público mais 74 corpos. Este tipo de violência não apenas provoca insegurança, mas também deixa marcas profundas na comunidade, especialmente entre os mais jovens.
A senadora Damares concluiu alertando que a discussão sobre os protocolos de proteção não pode ser deixada de lado, uma vez que os eventos recentes revelam falhas no sistema de segurança e na proteção dos direitos das crianças e adolescentes em situações de emergência. A pressão agora recai sobre as autoridades para que respondam de maneira eficaz a essas demandas e garantam que novos incidentes não comprometam o bem-estar das gerações futuras.
