Marinho criticou a gira de medidas governamentais, que, segundo ele, se contradizem: “O governo dá com uma mão e arrebenta com a outra.” Em seu chamado, ele ressaltou que o Incra, órgão responsável pela assistência aos assentados, parece estar inerte diante da situação angustiante vivenciada pelos agricultores. Ele lembrou que a instituição é responsável pela aquisição e distribuição das terras, mas, na visão dele, não está cumprindo seu papel efetivamente para apoiar aqueles que vivem sob a pressão dos embargos.
O senador pertence a uma subcomissão temporária da Comissão de Agricultura que investiga os embargos na Amazônia. Ele compartilhou experiências de sua visita a Rondônia em outubro, onde teve a oportunidade de ver de perto os impactos das decisões de embargo. Marinho defende que os embargos sejam aplicados de maneira mais cautelosa, atingindo exclusivamente as áreas com irregularidades comprovadas, e não penalizando propriedades inteiras de forma indiscriminada.
A angústia do senador é palpável: “Todo dia eu fico mais triste com essa situação, ao ver aquele povo pequeno sofrendo tanto”, disse. Para ele, o processo de embargo, que muitas vezes é aplicado de maneira abrangente, é não apenas injusto, mas também ilegal. Ele argumenta que a restrição deve ser feita apenas às áreas efetivamente afetadas por danos ambientais e não abranger a totalidade das propriedades, gerando uma situação de paralisia econômica para os proprietários.
Marinho conclui seu discurso fazendo um apelo à ação concreta, pois a situação dos pequenos produtores é crítica e eles se encontram sem alternativas viáveis para sanar seus problemas. O parlamentar expressou sua preocupação com o futuro dessas comunidades e fez um forte clamor por intervenções que realmente considerem as necessidades dos agricultores da Amazônia.
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