SENADO FEDERAL – Senador Zequinha Marinho alerta para impactos de novas APAs no Pará e defende equilíbrio entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico.

Em uma sessão realizada no Plenário nesta quarta-feira, o senador Zequinha Marinho, representante do Estado do Pará pelo Podemos, abordou a proposta de criação de duas novas áreas de preservação ambiental no território paraense: a área de preservação ambiental (APA) do Paleocanal do Rio Tocantins e o Monumento Natural do Bico do Papagaio. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) já havia promovido consultas públicas sobre essas iniciativas no mês de agosto.

O senador destacou a importância de que tanto o Senado quanto a sociedade em geral tenham uma compreensão clara das implicações dessas propostas. Ele enfatizou que, apesar da preservação ambiental ser um valor crucial e necessário, a maneira como as propostas estão sendo elaboradas suscita preocupações significativas em relação ao desenvolvimento do estado e à vida das milhares de famílias que vivem na região.

Zequinha Marinho expressou sua preocupação com o impacto que essas novas áreas de proteção podem ter sobre obras essenciais para a infraestrutura, logística e economia local. Ele explicou que a área do Paleocanal abrangeria os municípios de Marabá, Itupiranga e Nova Ipixuna, enquanto a área do Bico do Papagaio se estenderia por várias cidades dos estados do Pará, Maranhão e Tocantins. Essa situação, segundo o senador, poderia gerar incertezas relacionadas à posse de terras, prejudicando agricultores e produtores locais.

Um dos pontos que mais inquietam o parlamentar são as restrições que essas APAs impõem à produção agrícola e à exploração de recursos. Em sua fala, Marinho ressaltou que as demarcações definem não apenas as áreas que podem ser utilizadas para atividades produtivas, mas também aquelas que devem permanecer intactas. Assim, produtores que se encontrarem em zonas não permitidas serão obrigados a desocupar os locais, o que pode resultar em danos diretos à economia local e à segurança alimentar da região.

A abordagem do senador aponta para a necessidade de um diálogo mais amplo e uma análise cuidadosa das propostas, considerando tanto a proteção ambiental quanto o desenvolvimento social e econômico do Pará.

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