Segundo o senador, a concessão da Trensurb não parece necessária nem adequada, uma vez que a empresa opera de forma eficiente. Ele alegou que uma eventual privatização não traria ganhos operacionais, podendo em vez disso trazer instabilidade, insegurança e problemas de gestão para o Rio Grande do Sul, semelhantes aos que ocorrem em regiões onde o transporte foi concedido ao setor privado.
Paim também ressaltou que a Trensurb transporta diariamente 120 mil pessoas, com infraestrutura e equipamentos capazes de transportar até 250 mil pessoas por dia, e opera com energia limpa e renovável. Ele alertou que conceder a empresa ao setor privado não eliminaria a necessidade de manter os subsídios do governo federal, o que poderia resultar em um aumento significativo das tarifas para a população usuária.
Portanto, o senador argumentou que, mesmo privatizada, o governo federal continuaria a repassar recursos públicos, agora para uma empresa privada. Ele sustentou que uma concessão sem a manutenção dos subsídios federais levaria a um aumento insuportável das tarifas, o que seria catastrófico para a população.
Diante desse cenário, Paim fez um apelo ao governo federal para reconsiderar a inclusão da Trensurb no Programa Nacional de Desestatização, destacando a importância da empresa estatal para o transporte de milhares de pessoas diariamente na região de Porto Alegre.
É importante ressaltar que o senador fez seu pronunciamento levando em conta o atual contexto político e econômico, demonstrando preocupação com as possíveis repercussões para a população e para a infraestrutura de transporte da região.