Moro, que tem acompanhado de perto o trabalho dessas instituições, relembrou seu histórico de apoiar as Apaes por meio de emendas parlamentares. Ele também destacou que sua esposa, a deputada federal Rosangela Moro (União-SP), exerceu funções significativas como procuradora-geral da Federação Nacional das Apaes por mais de uma década, além de atuar na federação estadual. Essa vivência familiar proporciona ao senador um entendimento profundo sobre os desafios enfrentados pelas Apaes e suas contribuições para a sociedade.
O senador abordou ainda a inadequação estrutural do sistema de ensino brasileiro, que, segundo ele, carece de recursos e capacitação para adequar-se às necessidades de alunos com deficiência severa. “Para essas crianças e jovens, a obrigatoriedade de inclusão pode se transformar em um fardo. Isso não diz respeito apenas às escolas, mas impacta diretamente a qualidade de vida deles”, alertou. Moro ressaltou a tradição das Apaes no estado, que oferecem atendimento especializado voltado para pessoas com graves deficiências, incluindo aquelas de natureza intelectual.
Neste contexto, o senador defendeu a necessidade de garantir às famílias a opção entre o sistema regular de ensino e as instituições particulares especializadas. “É fundamental que essa alternativa permaneça, pois a perda de recursos para as Apaes significaria um retrocesso significativo, não apenas para as instituições, mas especialmente para os alunos que delas dependem”, ressaltou.
Moro expressou sua esperança de que o Supremo Tribunal Federal analise a questão com clareza e sensibilidade, evitando assim uma possível desestruturação dos serviços prestados pelas Apaes. “A decisão do STF será crucial para o futuro da educação especializada no Paraná”, concluiu.