Durante o pronunciamento, Moro enfatizou a grave necessidade de implementar medidas eficazes para garantir a segurança de todos os agentes públicos, principalmente aqueles que atuam no combate ao crime organizado, mesmo após a aposentadoria. “Não podemos perder essa guerra contra o crime organizado”, afirmou o parlamentar, ressaltando a importância de proteger aqueles que arriscam suas vidas diariamente em defesa da sociedade.
Ele destacou a urgência da aprovação de seu Projeto de Lei 1.307/2023, que visa garantir a proteção de policiais, promotores, juízes e outros agentes da lei que se encontram em situação de vulnerabilidade após deixarem suas funções ativas. O projeto já obteve aprovação nas comissões da Câmara e do Senado e agora aguarda votação no plenário da Câmara. Moro argumentou que o perigo para esses profissionais não desaparece com a aposentadoria; ao contrário, ele pode aumentar, uma vez que esses indivíduos passam a estar mais expostos fora do ambiente de trabalho.
A precariedade da segurança para os aposentados foi um ponto central em suas declarações. “O risco se acentua, especialmente porque, fora da ativa, o policial, o juiz, o promotor deixa de circular tão frequentemente perante os círculos da Justiça ou da polícia”, afirmou com ênfase. O senador também recordou seu trabalho ao lado de Ruy Fontes em 2019, na transferência de lideranças do PCC para prisões federais, operação que evitou a possibilidade de retaliações violentas do crime organizado.
Por fim, Moro encerrou seu discurso ao oferecer solidariedade à família de Ruy Ferraz Fontes, exaltando sua coragem e determinação no enfrentamento da criminalidade. A tragédia que cercou sua morte serve não apenas como um lamento, mas como um chamado à ação pela Segurança Pública em nosso país.