Marinho destacou uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a obrigatoriedade de regras de governança para as estatais. O senador argumentou que essa mudança legal trouxe consequências significativas, permitindo que aliados políticos do governo fossem nomeados para cargos estratégicos nas empresas, o que, segundo ele, comprometeu a gestão e a eficiência dos serviços prestados.
O senador enfatizou que a falta de uma governança adequada resultou em um resultado financeiro alarmante para os Correios, que ao final de 2024 registrou um déficit acumulado de R$ 6,73 bilhões. Para contornar essa situação crítica, a estatal está em negociações para contratar um empréstimo de cerca de R$ 20 bilhões, respaldado pelo Tesouro Nacional, tanto de instituições financeiras públicas quanto privadas.
“Não é nenhuma surpresa para nós essa situação”, declarou Marinho, referindo-se ao estado financeiro dos Correios e à sua gestão. O parlamentar ressaltou que, em diversas ocasiões, já havia alertado sobre a má condução das contas públicas e os riscos associados à maneira como o governo tem gerido as estatais.
Essa crítica do senador não vem isolada; a administração de estatais tem sido uma pauta recorrente na Câmara, refletindo um debate mais amplo sobre a eficiência, transparência e responsabilidade na gestão pública. A pressão sobre o governo para implementar reformas estruturais e restabelecer regras de governança continua a crescer, uma vez que a situação das empresas estatais impacta diretamente na economia do país e na confiança da população nas instituições.
Com essas declarações, Rogério Marinho posiciona-se como uma voz ativa na oposição, chamando a atenção para a necessidade urgente de reavaliação das políticas públicas que regem as empresas estatais brasileiras. A situação dos Correios, em particular, serve como um alerta sobre os desafios que a administração pública enfrenta em tempos de crise fiscal e econômica.
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