SENADO FEDERAL – Senador Rodrigo Cunha Critica Suspensão de Julgamento de Paulo Dantas por Abuso Eleitoral em Alagoas

O senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) manifestou duras críticas nesta terça-feira (6) à suspensão do julgamento do governador de Alagoas, Paulo Dantas, acusado de abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2022. O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) havia iniciado a sessão na segunda-feira (5), mas decidiu adiar a decisão após um pedido de vista. As acusações contra Dantas, movidas por Rodrigo Cunha no ano anterior, referem-se à suposta distribuição eleitoreira de cestas básicas do programa estadual “Pacto contra a Fome”.

Em seu discurso, Cunha destacou a discrepância nos investimentos do governo estadual em cestas básicas ao longo dos anos. “Em 2020, não havia qualquer programa estadual de distribuição de cestas básicas. Em 2021, havia mais de R$ 200 milhões previstos, mas nãos gastou nada com cestas básicas. Já em 2022, no período eleitoral, foram desembolsados quase R$ 300 milhões para entregar comida ao povo, alegando ser um grande projeto do estado. No entanto, findada a eleição, encerrou-se a distribuição dessas cestas, revelando um claro caráter eleitoreiro e covarde, explorando a vulnerabilidade e fragilidade de um povo que passa fome para obter ganhos eleitorais”, criticou o senador, que também foi candidato ao governo de Alagoas no pleito de 2022.

Rodrigo Cunha ressaltou que o desembargador Alcides Gusmão, relator do caso, examinou minuciosamente as provas e ficou convencido de que há evidências suficientes que justificariam a perda do mandato de Paulo Dantas. Além disso, Cunha mencionou que o Ministério Público compartilha do mesmo entendimento acerca das acusações.

“O que se precisa é de julgamento e celeridade. Aceitaremos os resultados e buscaremos os meios legais para questioná-los, caso estejam em desacordo com o esperado. O mínimo exigido é um julgamento, permitindo que esta Justiça Eleitoral que tanto investe na busca de credibilidade, também cumpra seu papel e cobre daqueles que trabalham de maneira morosa, muitas vezes beneficiando o réu”, afirmou o parlamentar em tom de cobrança.

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