SENADO FEDERAL – “Senador Revela Esquema de Lavagem de Dinheiro em Fraudes do INSS Durante Depoimento de Empresário Suspeito de Ser Laranja da Máfia”

Na mais recente reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, realizada na segunda-feira, 6, o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), destacou a complexidade e a gravidade dos esquemas de corrupção em curso, ao se referir ao depoente Fernando Cavalcanti. Viana expressou sua incredulidade ao afirmar que Cavalcanti não conseguiu justificar o aumento abrupto de seu patrimônio nos últimos anos, em particular, a disparidade entre seus rendimentos e um estilo de vida ostentoso.

“É inaceitável que alguém com um salário de R$ 5 mil, saindo de São Paulo sob suspeitas de irregularidades relacionadas a emendas parlamentares, consiga acumular um patrimônio superior a R$20 milhões em automóveis, além de uma adega avaliada em R$ 7 milhões, imóveis luxuosos e viagens extravagantemente caras”, afirmou Viana. Segundo ele, a análise de informações financeiras revela um esquema mais amplo, no qual Cavalcanti seria apenas um dos muitos envolvidos. A Polícia Federal já investiga o depoente como possível “laranja”, o que levanta sérias dúvidas sobre a legitimidade da riqueza que ele alegadamente possui.

Cavalcanti, que foi convocado pela CPMI devido às suas relações comerciais com o advogado Nelson Wilians e sua proximidade com Antônio Carlos Camilo Antunes, o chamado “Careca do INSS”, teve seu padrão de vida examinado de perto pela investigação. A Polícia Federal já fez apreensões significativas, incluindo dezenas de veículos, motocicletas, relógios de luxo e uma impressionante coleção de vinhos. Entre os itens apreendidos, destaca-se uma Ferrari avaliada em R$ 4 milhões e um relógio que custa cerca de R$ 1,3 milhão, o que pra muitos parece inconcebível para alguém com sua renda.

“O depoente reconheceu ter realizado doações eleitorais, mas mesmo assim, a origem de sua vasta riqueza permanece nebulosa. É uma máfia bilionária que compreende os meandros do poder e opera nos bastidores da corrupção”, acrescentou o senador. Viana acredita que a CPMI está cumprindo seu papel ao fornecer respostas à população brasileira sobre as conexões políticas e as responsabilidades dos envolvidos nas fraudes dentro da Previdência Social.

Ele enfatizou que a quadrilha em questão tomou a Previdência de assalto, corrompendo servidores públicos por meio de uma rede de influência que atravessou diferentes governos. Este grupo é descrito como tendo acesso irrestrito tanto ao Senado quanto à Câmara dos Deputados, além de ter um histórico de doações em campanhas políticas. “O modus operandi deles é muito conhecido. Eles não esperavam ser descobertos em suas manobras”, concluiu Viana, sublinhando a urgência em desvendar esse esquema para restaurar a confiança pública nas instituições.

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