Durante seu discurso, Marcos Rogério questionou a declaração de Mauro Vieira de que duas pessoas teriam optado por ficar na Faixa de Gaza, após receberem suporte psicológico da Força Aérea Brasileira. Ele levantou a dúvida se os militares brasileiros estariam atuando na região e se teriam conseguido atravessar a fronteira, já que os brasileiros tiveram dificuldades para deixar o local. O senador apontou a falta de clareza nas informações prestadas pelo ministro e a necessidade de esclarecimentos sobre a presença militar brasileira na região.
Além disso, Marcos Rogério criticou a postura do ministro em relação ao encontro do ex-presidente Jair Bolsonaro com o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine. Para o parlamentar, a resposta do ministro foi “absolutamente infeliz” e demonstra que ele age mais pela política do que pela diplomacia. Rogério também questionou a postura do governo brasileiro em relação ao ataque do Hamas à Israel, argumentando que o governo não tratou o grupo como terrorista.
O senador acrescentou que o ex-presidente Lula teve uma postura mais contundente ao classificar o ato do Hamas como terrorista, mas criticou a postura do mesmo em relação ao povo de Israel. Ele destacou a necessidade de um posicionamento mais firme do governo brasileiro em relação ao conflito na região.
O pronunciamento de Marcos Rogério reflete a crescente preocupação e questionamento por parte dos parlamentares em relação à atuação do governo brasileiro em questões de política externa. A falta de clareza e posicionamento estratégico por parte do ministério de Relações Exteriores tem gerado controvérsias e críticas por parte dos representantes do legislativo. A situação dos brasileiros na Faixa de Gaza é um exemplo de como a atuação diplomática do governo tem sido questionada e demanda maior transparência e esclarecimentos.