Plínio Valério expressou sua preocupação com a escassa presença de representantes indígenas no evento de grande porte, questionando a resistência em levar em conta as vozes e demandas dos nativos da região amazônica. “Os indígenas, que possuem um mínimo de conhecimento sobre suas realidades, querem ser protagonistas de suas próprias histórias. Cansaram de serem silenciados. É um clamor claro: ‘Ninguém fala por mim, eu quero falar por mim’”, destacou o senador, em um pronunciamento enfático, direcionando suas críticas àqueles que ele considera hipócritas na condução dos debates.
Além de abordar a questão da participação indígena, o senador Plínio Valério não deixou de criticar a atuação de organizações não governamentais (ONGs) na Amazônia. Em referência ao relatório final de uma Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado que investigou essas entidades, da qual ele foi presidente, o senador afirmou que as ONGs não atendem adequadamente às questões levantadas pelos indígenas. Segundo ele, essas organizações trocam a ideologia pela realidade, impondo narrativas que, na visão do parlamentar, prejudicam a autonomia dos povos nativos.
“Essas ONGs acreditam ter a autoridade para ditar como devemos viver e gerir nossas terras, o que é inaceitável. A gestão da nossa casa deve ser decidida por nós mesmos”, afirmou Plínio, enfatizando a necessidade de respeitar o direito dos indígenas de serem ouvidos e de participarem ativamente nas discussões que afetam suas vidas e a preservação de suas culturas.
A intervenção do senador ressalta a urgência de integrar as vozes indígenas nas pautas sobre mudanças climáticas, um tema central nas agendas internacionais, e enfatiza a luta contínua desses povos por reconhecimento e respeito em um contexto de crescente degradação ambiental.









