Durante sua fala, o senador teceu críticas aos órgãos ambientais, como o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama e a Funai, por não autorizarem a realização da obra. Para Plínio Valério, a recusa em permitir a pavimentação da BR-319 ignora as necessidades da população e impede o desenvolvimento da região. Ele ressaltou que, com mais de 2,3 milhões de habitantes, Manaus ainda não possui uma ligação asfaltada com outras regiões do Brasil, obrigando a dependência do transporte aéreo e fluvial.
O senador também destacou os desafios enfrentados ao longo da BR-319, como os constantes problemas durante o período de chuvas, quando caminhões ficam atolados na estrada, dificultando o transporte de mercadorias e insumos médicos. Já na estiagem, a poeira e os buracos tornam a viagem ainda mais precária. Plínio Valério comparou a situação com a infraestrutura de outros países, questionando como é possível haver uma ligação asfaltada com a Venezuela, mas o acesso terrestre ao restante do Brasil continua negligenciado.
O parlamentar ressaltou ainda que a pandemia de covid-19 expôs as fragilidades estruturais e logísticas do Amazonas, agravando a crise sanitária da região. Ele enfatizou que a falta de infraestrutura adequada pode ter consequências letais e clamou pelo reconhecimento dos direitos da população local, que deseja ser reconhecida como parte integrante do Brasil. Portanto, a pavimentação da BR-319 torna-se uma demanda urgente e essencial para o desenvolvimento e integração do estado do Amazonas com o restante do país.
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