Segundo o senador, o projeto em discussão visa restringir o direito de cidadãos comuns de apresentar denúncias contra ministros, o que, em sua visão, fere o princípio constitucional segundo o qual o poder emana do povo. Ele enfatizou que essa mudança na legislação deve ser vista com preocupação, uma vez que retira da população a possibilidade de participar ativamente do controle sobre as autoridades judiciais. Valério alertou que a nova proposta não contempla a figura do “cidadão”, subtraindo direitos que são fundamentais para a atuação democrática.
Valério defendeu que o Parlamento deve ser um espaço de debate livre e intenso, onde divergências políticas sejam não apenas bem-vindas, mas essenciais. Para ele, o ambiente legislativo não deve ser orientado por um consenso superficial, mas sim pela discussão franca e pela votação de temas cruciais que envolvem a relação entre os distintos Poderes do governo. “Senado e Câmara não são lugares para apaziguar. Aqui não se deve apenas votar em prol da harmonia; é um espaço para a discordância e para o confronto de ideias”, declarou.
O parlamentar destacou que o verdadeiro funcionamento do Parlamento está na capacidade de deliberar, mesmo diante de impasses. Para ele, um Parlamento que tem receio de se pronunciar e votar não merece esse nome. Valério fez um apelo aos seus colegas para que permaneçam atentos e resistentes a tentativas de limitar a participação popular nos processos de controle institucional, reafirmando a importância de um diálogo robusto e plural nas esferas legislativas.










