Paim abordou a insaciabilidade da elite econômica, política e social do país, que, segundo ele, se recusa a dividir os recursos com as classes mais vulneráveis, mesmo diante do sofrimento diário enfrentado por muitos brasileiros. Ele lamentou que as reformas adotadas frequentemente não atendem aos interesses da população, sendo mais focadas em corte de direitos trabalhistas e previdenciários do que em ações que poderiam levar a um Brasil mais justo e solidário. “As reformas que são realmente necessárias são aquelas que exigem a contribuição dos bilionários para a construção de um país melhor e para o aumento da qualidade de vida de nossos cidadãos”, defendeu.
Em uma crítica contundente à legislação em tramitação, Paim questionou a lógica por trás da aprovação do projeto de lei que prevê a ampliação do número de deputados federais, de 513 para 531. Ele enfatizou que é contraditório discutir medidas para aumentar a arrecadação enquanto se ampliam as despesas com mais parlamentares. O senador destacou que o Brasil já é um dos países com maior número de representantes políticos do mundo e que a população não demanda mais deputados. O que as pessoas realmente desejam, segundo ele, é justiça social, igualdade de oportunidades e dignidade nas suas vidas.
Paim concluiu sua fala ressaltando a urgência de medidas efetivas, como a taxação dos super-ricos, a tributação de lucros e dividendos, a eliminação de benefícios fiscais desproporcionais e a isenção do Imposto de Renda para aqueles que recebem até R$ 5 mil. O senador convocou todos a “fazerem o dever de casa” em prol de um Brasil mais equitativo e justo.