Alencar, que representa o Estado da Bahia pelo Partido Social Democrático (PSD), foi enfático em sua declaração. Em sua análise, ele antecipa que a PEC não encontrará apoio suficiente e deve ser, na visão dele, “enterrada” no âmbito do Senado Federal. Essa proposta gera preocupações acentuadas entre setores da sociedade e especialistas do Direito, que veem nela um retrocesso na igualdade perante a lei, uma vez que poderia criar uma camada adicional de proteção para políticos, dificultando a responsabilização de eventuais atos ilícitos.
A discussão em torno do aumento do foro privilegiado e da proteção judicial para parlamentares é um tema recorrente no Brasil. Asvozes contrárias afirmam que essa prática, em vez de assegurar a justiça, pode fomentar a impunidade e desvirtuar os princípios democráticos. A PEC 3/2021 é vista por muitos como um reflexo de tentativas de blindagem política, o que poderia inviabilizar investigações necessárias em casos de corrupção e práticas antiéticas.
Esse posicionamento de Otto Alencar não apenas reflete o sentimento de uma parte significativa do Senado, mas também toca em temas sensíveis na relação entre política e justiça no país. Os parlamentares estão sob o olhar atento da população, que exige transparência e responsabilidade. Dada a magnitude das discussões em torno dessa proposta, o futuro da PEC 3/2021 permanece incerto, mas a rejeição por parte da CCJ pode ser um indicativo de que a proposta enfrentará uma difícil jornada na Casa Legislativa. A expectativa agora é que as deliberações futuras possam trazer à tona uma discussão mais profunda sobre as prerrogativas e a accountability dos representantes do povo.