Em sua fala, o senador criticou de maneira contundente a atitude do governo brasileiro, especialmente a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao permanecer em silêncio diante de um momento tão significativo para a luta pela liberdade na América Latina. Moro lamentou a falta de reconhecimento por parte do Itamaraty, destacando que “temos uma defensora da democracia, da liberdade e dos direitos humanos, uma mulher latino-americana, e, no entanto, nem o Itamaraty nem o presidente Lula se pronunciaram sobre esse fato”.
O senador também mencionou as condições precárias em que María Corina Machado se encontra, que vive sob constante ameaça e com necessidade de se esconder devido à repressão do governo venezuelano. Essa realidade sombria, segundo Moro, não pode ser ignorada, especialmente considerando que Machado fez uma participação remota em uma audiência da Comissão de Segurança Pública do Senado brasileiro em 2023, onde discutiu a grave situação da Venezuela.
As declarações de Moro ressaltam a importância do apoio internacional a figuras como Machado, que simbolizam a luta pela democracia em uma região marcada por desafios políticos e sociais. Ele concluiu seu discurso pedindo uma postura mais firme e solidária do Brasil em relação aos defensoras dos direitos humanos na América Latina, enfatizando que o reconhecimento de feitos heroicos deve ser acompanhado de uma postura ativa das nações que buscam avançar na defesa dos valores democráticos. O episódio se torna uma crítica ao atual governo, evidenciando a necessidade de uma política externa mais comprometida com a promoção dos direitos humanos e a erradicação da opressão.