Marcos do Val criticou o fato de ter sido penalizado por apontar a prevaricação e a omissão de dois ministros nos eventos que culminaram na destruição ocorrida no dia 8 de janeiro. Além disso, ele ressaltou que divulgou o relatório da Abin sobre esses eventos somente após o fim do sigilo. O senador também enfatizou que desde o início dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), alertou que a relatora, a senadora Eliziane Gama do PSD-MA, que sequer assinou o requerimento para a abertura da CPMI, era suspeita por sua proximidade com os dois ministros suspeitos.
Segundo o senador, a CPMI do 8 de janeiro está revelando todos os fatos que ele havia mencionado anteriormente e que eram considerados como fake news. Durante a sessão de hoje da CPMI, surgiram indícios de que o depoimento do general G. Dias teria sido combinado previamente com a relatora, corroborando a afirmação feita por Marcos do Val na época, e que lhe custou a acusação de propagar notícias falsas. O senador enfatizou que nunca se tratou de fake news e que está sendo punido da mesma forma. Para ele, aqueles que não desejam que a verdade seja revelada utilizam todos os meios possíveis para difamar sua imagem e manchar sua reputação.
O pronunciamento de Marcos do Val surgiu como resposta à decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a suspensão de suas redes sociais. O senador lamentou a impossibilidade de se comunicar com seus eleitores e enfatizou que considera a decisão monocrática, ou seja, tomada por um único ministro sem consulta aos demais membros do STF. Além disso, o senador questionou a legitimidade da decisão, afirmando que ela é totalmente questionável. O caso se baseia na suposta obstrução da investigação dos atos golpistas contra os três Poderes e na divulgação de documentos sigilosos da Abin. Marcos do Val argumenta que todas as suas ações foram realizadas com base em informações não sigilosas e que ele estava cumprindo seus deveres como parlamentar.