Bittar expressou preocupação com a imparcialidade do STF, argumentando que a conduta de Toffoli, ao estabelecer sigilo na investigação e transferir o processo para a Suprema Corte, poderia beneficiar o empresário Daniel Vorcaro, que é o foco do inquérito. O senador questionou a credibilidade da Corte, afirmando que a viagem do ministro junto ao advogado — Augusto Arruda Botelho — para a final da Libertadores levanta sérias dúvidas sobre a integridade da justiça.
“Como o país poderá confiar nos homens que ocupam a mais alta posição judicial?”, indagou Bittar, além de ressaltar que Vorcaro não possui foro privilegiado. O senador prosseguiu sua argumentação mencionando reportagens que evidenciam possíveis contatos entre membros do STF e Vorcaro, assim como uma recente decisão do tribunal que encaminhou documentos relacionados à quebra de sigilo do executivo para a presidência do Senado. Ele alegou que tal atuação compromete a função fiscalizadora do Legislativo, crucial em um país que enfrenta escândalos de corrupção.
“Estamos diante de uma investigação que revela a corrupção desenfreada que afeta a economia nacional. Há dados pessoais de ministros em celulares apreendidos”, afirmou Bittar, questionando o respeito do público pela Corte diante de atitudes que, para ele, carecem de decoro. O senador insistiu na necessidade de transparência e resultado em um sistema judiciário que deve ser visto como um pilar da confiança no Estado.
As declarações de Bittar não apenas refletem um descontentamento com o Supremo, mas também levantam um alerta sobre as relações de poder entre os diversos órgãos do Estado, especialmente em tempos em que a confiança pública na justiça é cada vez mais desafiada.
