Para Izalci, a presença de uma grande parcela de jovens nessa situação representa um colapso na estrutura que deveria proporcionar um futuro promissor para o país. Ele enfatizou que a queda de apenas 5,4 pontos percentuais na taxa de jovens que não trabalham nem estudam ao longo de sete anos ainda deixa o Brasil com uma taxa de 24%, muito acima da média dos países da OCDE.
O senador apontou que a qualidade educacional no Brasil está sendo negligenciada de forma alarmante, com investimentos inadequados e má gestão dos recursos destinados ao setor. De acordo com um relatório da OCDE, o Brasil foi o segundo país que mais reduziu investimentos públicos em educação entre 2015 e 2021, enquanto os países desenvolvidos aumentaram suas aplicações.
Além disso, Izalci criticou a ênfase do governo na tecnologia como solução para os problemas do sistema educacional, citando o Plano Nacional de Escolas Conectadas. Ele destacou a importância de investir em educação técnica, ampliar a carga horária das escolas, qualificar e remunerar melhor os professores, e repensar a forma como o país enxerga a educação.
O senador encerrou seu discurso alertando para a necessidade urgente de uma revolução educacional no país, destacando que medidas paliativas não são mais suficientes. Segundo Izalci, o Brasil está caminhando na direção oposta, com a diminuição dos investimentos, o sucateamento das escolas e a falta de políticas públicas eficazes, o que pode resultar em um futuro desastroso para a juventude e o país como um todo.