SENADO FEDERAL – Senador Magno Malta critica “ativismo judicial” e denuncia Alexandre de Moraes em meio ao julgamento de Bolsonaro no STF. Tensão toma conta da política brasileira.

Na última quarta-feira, o senador Magno Malta, representante do estado do Espírito Santo pelo PL, proferiu um discurso marcante, descrevendo a atualidade política do Brasil como uma “semana de tensão e dor”. Esse comentário veio à tona em meio ao delicado julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), um evento que reafirma as divisões que permeiam o cenário político nacional.

Malta, em sua fala, não se esquivou de criticar o que ele classifica como “ativismo judicial”. Há anos, observa-se sua resistência contra a atuação do STF, algo que ele já manifestava desde 2005, questionando ministros da Corte durante sabatinas e levantando a bandeira do combate a decisões que, para ele, ferem a democracia e a autonomia legislativa. Ao aludir ao ministro Alexandre de Moraes, Malta revelou que possuía informações comprometedores sobre ele, porém optou por não divulgá-las em respeito ao ex-presidente Michel Temer, sua indicação ao tribunal. Apesar disso, o senador não hesitou em afirmar que nunca se sentiu intimidado em relação à Justiça.

Em tom combativo, Malta disparou críticas diretas: “Ninguém nunca me viu acovardado com relação ao Supremo Tribunal Federal, ninguém nunca me viu acovardado com relação a esse tirano, esse malvado, mentiroso Alexandre de Moraes”, disse ele, evidenciando sua postura firme diante da Corte.

O senador também expressou sua satisfação com o voto do ministro Luiz Fux, que, em sua visão, teve um papel fundamental ao “resgatar o ordenamento jurídico do Brasil”. Segundo Malta, esse momento não só representa uma vitória para o cenário jurídico nacional, mas também traz alívio para os estudantes de Direito, que veem uma renovação na dignidade profissional que, segundo ele, teria sido negligenciada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Malta anunciou ainda a intenção de levar documentos contestando recentes decisões do STF a instituições como a OAB, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA). A postura do senador demonstra um comprometimento em buscar apoio internacional, evidenciando a grave insegurança política em que o Brasil se encontra atualmente. Em meio a um ambiente de polarização, sua declaração evidencia não apenas uma visão sobre a justiça do país, mas também um apelo por um diálogo mais construtivo na esfera política.

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