O senador destacou uma situação alarmante: apesar de o Amapá produzir 980 megawatts de energia, o estado consome apenas 300 MW e ainda exporta o excedente para outras partes do país. Contudo, essa realidade não se reflete nos preços praticados, que, segundo ele, são exorbitantes. Barreto denunciou que a tarifação está sendo realizada de maneira abusiva, com a implementação de adicionais e propostas de aumento de até 20% junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“O Amapá enfrenta uma situação inexplicável. Estamos pagando pela energia que produzimos como se ela fosse gerada em Tucuruí, e isso não pode mais ser aceito. Além de arcar com o custo de um transporte fictício de energia, onde os consumidores são onerados com um adicional de 7%, o estado ainda carece de uma linha de transmissão de backup. Não há justificativa técnica para esse aumento proposto à Aneel, que só eleva o custo já considerado o mais alto do Brasil, além de suscitar temores de um novo apagão”, protestou o parlamentar.
Adicionalmente, Barreto não deixou de importar a atenção das autoridades para outro problema crítico: a condição da BR-156, que conecta Macapá ao Oiapoque. Ele alertou que cerca de 50 quilômetros de asfalto na rodovia estão em estado de abandono e sem a devida manutenção, expondo os motoristas a riscos em decorrência da falta de sinalização e das pontes estreitas que cortam a floresta.
“Neste momento, em que há a prospecção de petróleo em Oiapoque, é vital que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) tome medidas urgentes para restaurar a estrutura da rodovia. É uma situação perigosa passar por uma estrada que, no meio da floresta, se reduz a uma ponte minúscula”, enfatizou o senador.
Desta forma, Lucas Barreto busca não apenas elucidar os problemas enfrentados pelos consumidores de energia no Amapá, mas também promover melhorias essenciais na infraestrutura do estado.
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