SENADO FEDERAL – Senador Jaques Wagner sugere que encontro entre Lula e Trump é viável, mas pede preparo diplomático diante do tarifaço de 50% contra produtos brasileiros.

Durante uma missão do Senado Brasileiro aos Estados Unidos, cujo objetivo principal é discutir a polêmica tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros, o senador Jaques Wagner (PT-BA) levantou a possibilidade de um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Trump. Contudo, Wagner enfatizou que tal reunião requer um preparo cuidadoso por parte da diplomacia para que possa ser produtiva.

A questão da tarifa, anunciada por Trump, causou grande preocupação entre os legisladores brasileiros, levando a comitiva do Senado a intensificar esforços para reverter essa situação. Wagner, ao abordar outros pontos levantados pelo presidente estadunidense, destacou a exigência de Trump relacionada ao fim dos processos judiciais que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesse contexto, o senador lembrou que, no Brasil, a separação de poderes é uma premissa fundamental. “O Judiciário atua de forma independente, não está subordinado a acordos políticos”, frisou.

A missão, coordenada pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, incluiu reuniões com autoridades e representantes de setores que podem influenciar a decisão sobre as tarifas. O clima de tensão entre Brasil e Estados Unidos tem gerado preocupação entre os exportadores brasileiros, que veem na alta das tarifas um potencial golpe em setores já fragilizados pela pandemia e por crises econômicas persistentes.

Diante desse cenário, a comitiva se propõe a não apenas discutir as tarifas, mas também a buscar novos entendimentos e parcerias que possam beneficiar os dois países. O entendimento diplomático, conforme ressaltou Wagner, é essencial para criar um ambiente de diálogo, evitando que a relação entre Brasil e EUA se agrave ainda mais devido a disputas comerciais.

A missão do Senado, por sua vez, representa um passo crucial na busca por soluções que minimizem os impactos do tarifaço e reforcem a importância das relações comerciais entre as duas nações, que historicamente têm colaborado em diversas áreas, desde o comércio até questões políticas e de segurança.

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